A história das três rádios mais clássicas de Minas Gerais: Guarani, Inconfidência e Itatiaia.
A tendência de manter uma programação
de cunho educativo impedia que este novo modelo comunicacional alcançasse o
público de massa, que seria o principal consumidor desta proposta. Para
expandir a transmissão o rádio passou a ser um veículo comercial, com um
conteúdo informativo, recreativo e formador de opinião. Com a popularização
radiofônica, o custo dos aparelhos receptores diminuiu, o alcance do sinal e a
diversidade da programação aumentaram o que conquistou o público e elevou a
identificação dos ouvintes.
O rádio
tem pouco mais de 80 anos na cidade de Belo Horizonte. A primeira emissora de
Minas Gerais foi a Rádio Sociedade de Juiz de Fora, criada em 1º de janeiro de
1926. Somente em fevereiro de 1927 é que surge a Rádio Mineira, pioneira na
capital. Utilizando as antenas do serviço radiotelegráfico da Rede Mineira de
Viação, um grupo de visionários composto por: Josafá Florêncio, Henrique Silva,
Jacy PenaForte, José Teodoro da Silva e Marques Lisboa colocaram a emissora no
ar.
A Rádio
Mineira foi à única no cenário radiofônico até o ano de 1936, com uma
programação essencialmente musical. Posteriormente, surgiam as outras emissoras
como a Guarani, fundada em 10 de agosto do mesmo ano. A Inconfidência surge no
dia 3 de setembro, também em 1936. Treze anos mais tarde surge a Itatiaia,
seguida das emissoras: Jornal de Minas (hoje Rádio América); Minas (cassada em
1974); Pampulha (hoje Capital); Tiradentes (hoje Globo) e a Rádio Atalaia. A
primeira FM estadual foi a Rádio Del Rey, datada de 1970, que tinha uma
programação alternativa focada no público jovem.
Atualmente,
existem cerca de 40 emissoras de rádio na capital e na região metropolitana. A
entidade responsável por representar os interesses dessas emissoras é a
Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), criada em 5 de setembro de
1968 por Januário Carneiro.
Rádio Guarani
Fundada
em 10 de agosto de 1980, por Lauro Souza Barros, a rádio Guarani surgiu oito
anos depois da Rádio Mineira. Sempre apostando na prestação de serviços e
primordialmente em um conteúdo cultural diferenciado, Pensando nisso, ela
aposta na promoção de artistas envolvidos com o cenário tradicional da música
que inclui os gêneros: Bossa Nova, Dance, Jazz, MPB, Rock entre outros estilos
musicais.
Em
entrevista com o radialista e Diretor Artístico da Rádio Guarani, Kiko
Ferreira, ele comenta o diferencial da rádio, como funciona a conquista da
credibilidade de um veículo de comunicação, além de apontar os focos de atuação
das rádios pioneiras na capital.
Rádio Inconfidência
Sempre
governamental, a rádio Inconfidência foi fundada em 3 de setembro de 1936, na
tentativa de unir a capital ao interior. Naquele ano ela foi dotada dos
melhores recursos técnicos, que garantiram uma rápida expansão do novo modelo
de comunicação institucional.
Transmitida
em freqüências AM e FM a rádio dispõem de programações distintas em suas
emissoras. Na freqüência FM 100,9 a Brasileiríssima prioriza a transmissão de
uma programação musical nacional. Já na transmissão em AM 880, que tem maior
alcance, são transmitidos programas culturais que preservam a identidade do
homem do campo, além de jornalismo, prestação de serviço e futebol.
Rádio Itatiaia
No ar desde 1952, a rádio Itatiaia também conhecida como a rádio
de Minas, foi idealizada e concretizada pelo jornalista e radialista Januário
Carneiro. Transmitida simultaneamente nas freqüências 610 kHz – AM e 95,7 MHz –
FM a emissora se destaca pela forte envolvimento com o jornalismo mineiro. A
Itatiaia foi à primeira emissora de rádio mineira a destinar um repórter para
coberturas internacionais e políticas.
Sempre presente em coberturas de grandes eventos, a rádio também
se destaca por realizar a cobertura do esporte em transmissões ao vivo. O que
atribui a ela credibilidade neste quesito, já que o torcedor mineiro torce com
o coração, como afirma o Presidente da emissora Emanoel Carneiro.
As três
emissoras mencionadas são as mais antigas do cenário radiofônico mineiro. Sem
dúvida com o seu seguimento específico cada uma atende ao seu público com excelência durante
esses 80 anos de transmissões. Mesmo com todo avanço tecnológico e a expansão
das novas mídias as rádios se mantiveram como um fortíssimo integrante dos
veículos de comunicação. Para essas emissoras o passar do tempo atribuiu as
produções de rádio adaptações e não mudanças em seus padrões.
__________________________________________
Grupo:
Ione Caetano; Juçara Moreira; Júlio César Leão; Paula Vieira; Paola Gomes; Poliana Micheletti
__________________________________________
Grupo:
Ione Caetano; Juçara Moreira; Júlio César Leão; Paula Vieira; Paola Gomes; Poliana Micheletti